Minha história com Jane Austen começou quando duas amigas minhas foram pra minha casa para uma festa do pijama. Fomos à locadora (as pessoas ainda sabem o que é isso?) e no meio daquela típica confusão para escolher qual filme assistiríamos, as irmãs Micala e Michelli disseram que já tinha lido “Orgulho e preconceito” e que estavam loucas pra ver o filme. Aceitamos a sugestão, apesar de o filme ser diferente das comédias românticas que costumávamos assistir. Sendo bastante honesta, achei o filme muito devagar (shame on me) e acabei dormindo nos primeiros 30 minutos...
Foi essa a capa que me conquistou <3 |
Fiquei maravilhada com a descrição que Jane fazia dos
personagens e dos costumes da época, com crítica à sociedade extremamente
machista, com a beleza da linguagem utilizada, etc. E, a partir daí,
felizmente, Austen começou a me perseguir. No final de semana, minha tia me
chamou pra ir pra casa dela assistir a um filme e, para a minha surpresa, era
“Orgulho e Preconceito”. A princípio fiquei meio receosa, mas ainda no início
do filme, vi algo que me chamou muita atenção: “Baseado no Romance de Jane
Austen”. Fiquei louca e me sentindo muito idiota por não ter percebido isso
anteriormente.
Terminei de assistir e fiquei desesperada para ir pra
escola e pegar o livro na biblioteca. Amei cada momento daquela história e, por
fim, descobri os outros livros da autora inglesa, assisti a todas as adaptações
cinematográficas, entrei em blogs e influenciei várias (os) amigas (os) a
também participarem do incrível mundo da Jane Austen. Pra completar, conheci
pessoas maravilhosas que desfrutam do mesmo interesse que eu (As Garotas de
Pemberley), com as quais tenho transitado entre os séculos XVIII e XXI da
maneira mais linda possível.
Além de tudo já descrito, as obras de Austen
impulsionaram minha militância feminista, uma vez que, através das personagens
por ela construídas, pude ver o quão complicado é ser mulher em uma sociedade
patriarcal, na qual o machismo, infelizmente, ainda é presente.
Minha
história é uma prova de que muitas vezes, algo que dizemos que não gostamos,
pode tomar um patamar de extrema importância em nossas vidas, uma vez que à
segunda vista, também, podemos conhecer o amor.