terça-feira, 27 de junho de 2017

A Garota do Penhasco

Título Original:  The Girl on the Cliff
Título no Brasil: A garota do Penhasco
Autora: Lucinda Riley
Tradução: Henrique Amat
Editora: Novo Conceito
Páginas: 528
Sinopse:
"A Garota do Penhasco" é um romance que fala sobre mudança de vida e enreda o leitor através de vários fios: a história de Grania Ryan e sua querida Aurora Devonshire. A história das famílias Ryan e Lisle é um lindo conto sobre um século de mal-entendidos e rancores entre inimigos que se acreditam enganados por falcatruas financeiras. O caso de amor entre Grania Ryan e Lawrence Lisle comove por sua delicadeza e força vertiginosa que culmina em imensa tristeza.


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A Garota do Penhasco foi um dos livros da Lucinda Riley que eu mais gostei, apesar dele possuir uma estrutura muito parecida com os outros ( misturando o passado e o presente) esse foi o que o enredo e o desenrolar das varias tramas envolvendo os personagens mais me agradou.

A narrativa, apesar de alguns momentos ser cansativa, fluiu muito rapido e de uma maneira bem gostosa de acompanhar. As descrições maravilhosas e o desenvolvimento dos personagens é magnifica, sem contar o cenário onde a maioria da historia se desenvolve, em uma cidade da Irlanda.

O melhor de tudo são as varias surpresas que vão se revelando no desenrolar da relação entre as duas famílias, Ryan e a Lisle. E a cada pagina uma nova surpresa é revelando, Não quero focar muito na história, pois acredito que o melhor dela é exatamente essa surpresas durante o livro.

A historia é narrada pela Aurora e apesar de em sua maioria ser em terceira pessoa algumas partes temos uma interferência dela conversando diretamente com o leitor, o que ao meu ver deixou tudo com um aspecto mais realista.


Para quem busca um romance com uma trama forte e bem elaborada esse livro é super indicado.

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Um corpo, seis vítimas


 

Olá pessoal! Já faz muito tempo que não escrevo nada né? bem hoje eu trago pra vocês a resenha do livro Boneco de Pano do autor Daniel Cole e publicado pela editora Arqueiro. Vamos às informações técnicas dele?

Nome original: Ragdoll
Nome em português: Boneco de Pano
Autor: Daniel Cole
Tradutor: Marcelo Mendes
Editora:Editora Arqueiro
Páginas:336
Sinopse:Um corpo.Seis vítimas.

O polêmico detetive William Fawkes, conhecido como Wolf, acaba de voltar à ativa depois de meses em tratamento psicológico por conta de uma tentativa de agressão. Ansioso por um caso importante, ele acredita que está diante da grande chance de sua carreira quando Emily Baxter, sua amiga e ex-parceira de trabalho, pede a sua ajuda na investigação de um assassinato. O cadáver é composto por partes do corpo de seis pessoas, costuradas de forma a imitar um boneco de pano.
Enquanto Wolf tenta identificar as vítimas, sua ex-mulher, a repórter Andrea Hall, recebe de uma fonte anônima fotografias da cena do crime, além de uma lista com o nome de seis pessoas – e as datas em que o assassino pretende matar cada uma delas para montar o próximo boneco. O último nome na lista é o de Wolf.
Agora, para salvar a vida do amigo, Emily precisa lutar contra o tempo para descobrir o que conecta as vítimas antes que o criminoso ataque novamente. Ao mesmo tempo, a sentença de morte com data marcada desperta as memórias mais sombrias de Wolf, e o detetive teme que os assassinatos tenham mais a ver com ele – e com seu passado – do que qualquer um possa imaginar.
Com protagonistas imperfeitos, carismáticos e únicos, aliados a um ritmo veloz e uma deliciosa pitada de humor negro, Boneco de pano é o que há de mais promissor na literatura policial contemporânea.


Antes de tudo preciso falar sobre a minha vivência no gênero! comecei a ler livros policiais na época do colégio com os livros do Pedro Bandeira (coraçõezinhos cheios de amor para ele) e a coleção Os Karas que conta a história de um grupo de estudantes que acabam, de alguma forma, se envolvendo em algumas investigações e o livro A marca de uma lágrima (também do autor) que por mais que esteja mais no campo do romance e tudo mais acaba tendo um pézinho no gênero policial. Depois desse começo lindo no gênero passei para o livro Do outro lado da autora Natsuo Kirino que conta a história de donas de casas japonesas que resolvem trabalhar retalhando corpos para que eles sejam desovados (vocês não leram errado!), este livro acompanha dois lados os das donas de casas e dos investigadores que tentam descobrir os responsáveis por essa “equipe de limpeza”. Depois disso parti para séries de investigação criminal e livros do Sherlock Holmes pra cair em Harlan Coben. Ou seja, por mais que eu não goste de dizer que tenho um gênero favorito e tentar ler de tudo um pouco tenho que admitir que esse é o gênero que deu início a minha vida de leitora e provavelmente o que mais lí até hoje.

Agora vamos falar sobre o autor? Acredito que nesse caso dar uma olhada no “background” dele vai te ajudar a entender um pouco mais da história e a minha avaliação sobre o livro em si.

Como vocês puderam ver pela sinopse e pelo background do autor o livro parecia ser um thriller policial que me deixaria com os pelos arrepiados, virando noites sem dormir para descobrir o final, com surpresas a cada virar de página e encharcado de sangue né? Mas não foi bem isso que eu achei…Preciso dizer que o livro é muito bem estruturado e segue uma linha temporal bem interessante, por ficar indo e voltando em um episódio do passado que se liga diretamente com o aparecimento do Serial Killer e o fato de ele ir revelando essas informações aos poucos foi uma idéia de mestre, mas tive problemas em simpatizar com os personagens….
Por todo o Background que ele tem eu esperava que o livro fosse me deixar mais empolgada e me envolvesse mais na investigação e com o s investigadores em si, mas o autor me deu a sensação de que estava faltando alguma coisa. não sei se coloquei muita expectativa já que a idéia era tão original ou se simplesmente eu já estou tão calejada em estórias policiais que esperava que esse livre fosse totalmente inovador….

Agora, você está pensando que eu não recomendo esse livro? Pois está muito enganada (o) recomendo sim! Principalmente para aquelas (es) leitoras (es) que estão querendo se aventurar pela primeira vez no gênero!

terça-feira, 13 de junho de 2017

Especial Dia Dos Namorados: Escolha seu Austen Boy

Olá Olá, Ladies and Gentlemen! 

Hoje, em comemoração ao dia dos namorados, trazemos pra vocês os solteiros mais cobiçados do século XIX:


Fitzwilliam Darcy


 Ele é orgulhoso, um pouco arrogante e bastante presunçoso.

Nosso candidato número 1 arrasa corações. Rico, culto e bonito, ele é o sonho de muitas garotas com seu jeito misterioso e taciturno. No entanto, haja paciência! Sim, senhoritas, mesmo as mais apaixonadas por Mr. Darcy tem de me dar razão quando digo que para namorá-lo, você precisa ter muita paciência. Primeiramente porque você vai ter que ensiná-lo a não julgar sua família por ouvir um pagodinho no domingo, fazer churrasco na laje e causar na vizinhança algumas vezes... Até porque, que graça teria a vida sem uns barracos a la Casos de Família de vez em quando? Ah, e claro, ele é confiante a ponto de ser presunçoso. Ele vai achar que você está na dele só porque, bom, ele é ele.
Mas, nosso querido bonitão também sabe ser um amorzinho. Ele é o tipo de cara que vai estar sempre disposto a te ajudar e cuidar de você, é muito família e está sempre preocupado com o bem estar de todos.  Darcy é sem dúvida um partidão e quando apaixonado vai espalhar aos sete ventos elogios sobre você, mesmo que você não toque piano tão bem assim, e fará de tudo para que você se sinta amada e valorizada. Ele sabe aprender com seus erros e por mais que se mostre difícil no começo, com o passar do tempo você descobrirá um homem gentil, honesto e de bom coração.

(E olha esse sorriso! Quem resiste a esse sorriso?!)




Frederick Wentworth


Outro espécime um tanto orgulhoso, mas muito charmoso.

Frederick é simpático, agradável e sociável, ele é muito querido pelos amigos e é difícil conviver sem se apaixonar. PORÉM, se por um acaso vocês brigarem, NUNCA termine com ele, ele pode desaparecer e ficar oito anos sem olhar na sua cara (kkkkkkk). Sim, meu bem, oito anos sem notícias do boy. Claro, você pode acreditar em destino e esperar o retorno dele, porque acredite, ele volta e com uma mensagem de “oi, sumida, sdds”. 

Na verdade, é tempo suficiente pra investir na sua carreira, fazer faculdade, pós... Alô você que quer focar na vida profissional e esperar um pouco mais pra trocar status de facebook com o crush, se envolva com o Fred e depois brigue com ele que é sucesso, até ele reaparecer você já virou a nova Miranda Priestly!
Aliás, é bem isso que ele vai fazer também. Se no começo do namoro o encontro romântico de vocês era comer pastel e dividir guaraná, pode esquecer e se preparar pra uma vida de Outback! O reencontro vai trazer o mesmo cara charmoso, atencioso e gentil... Só que rico e bem sucedido.  Pra melhorar a situação, Fred adora o mar, então prepare-se pra velejar no verão e tomar sol nas praias mais lindas e desertas. Suspiros eternos.


Edward Ferrars


Há quem goste.

Edward é um tipo de homem bem pé no chão, então se você espera uma paixão avassaladora e um romance a la Romeu e Julieta, fuja, querida. Edward é culto, tem um bom papo, é notavelmente inteligente e pode ter tudo a ver com você... Mas ele vai demorar muito pra tomar uma iniciativa. E como vai. Ele é discreto e não gosta de causar conflitos, por isso mesmo, ele ainda não terminou de verdade com a ex e está há meses esperando que ela termine. Sim, meu bem, você vai se encantar por esse homem e vai descobrir que ele é comprometido e não tem as rédeas da própria vida. Dependente da mãe-megera, ele não vai enfrentá-la pra ficar com você logo de cara. Na verdade, ele só vai fazer isso quando você achar que tudo está perdido.
Sabe quando você resolve dar um Let It Go e baixa o tinder? Então, é nesse momento que ele vai aparecer todo decidido e vai te pedir em namoro. Meu conselho é o seguinte: se você gostou, tome a iniciativa, se esperar por ele, vai esperar por meses.


Charles Bingley


Ele é uma graça! Fofo, divertido, bem humorado, bonito e do tipo que topa qualquer rolê.

Ele não tem medo de se apaixonar e se atira logo de cara. Se ele se encantou por você, vai se tornar tão evidente que todo mundo vai começar a shippar. Pode esperar cartas de amor, serenatas e um grudinho, porque ele vai querer passar todos os minutos possíveis com você.

O único problema dele é: insegurança. Bingley é tão inseguro, mas tão inseguro, que se você não deixar claro que o interesse dele é correspondido, ele vai sumir e tentar te esquecer. Esqueça essa história de fazer joguinhos e pode começar a preparar os cartões de dia dos namorados, o carro de som e escolher as fotos fofas pra postar no instagram, nosso doce Charles precisa se sentir amado. Daí pra frente é só alegria, sua família vai adorá-lo, os amigos vão amá-lo e você vai se sentir a pessoa mais amada e sortuda do mundo.



Ps: só cuidado com o grude excessivo e estabeleça limites, Bingley pode, sem querer, acabar te sufocando um pouquinho.


George Knightley

O namorado-melhor amigo de infância.


Ele tem um humor ácido e não tem medo de zoar você, afinal, vocês se conhecem como a palma da mão. Knightley é aquele amigo com quem você cresceu pode conversar sobre qualquer coisa, ele está sempre preocupado com o seu bem estar e faz de tudo para te ajudar, apesar de não ter medo de te alfinetar e repreender de vez em quando. 

Vocês frequentam tanto a casa um do outro que além de seu amigo, ele é considerado amigo da família, e quando ele não vai à sua casa, a sensação é de que um dos moradores está ausente. Ele está em todas as fotos de aniversário, natal e ano novo e sempre aparece pra tomar aquele cafezinho e fofocar sobre a vida alheia. E sim, você o adora. Vocês já estão habituados com os gostos e manias um do outro e conhecem muito bem os defeitos, o que faz com que se entendam muito bem e saibam lidar um com o outro.
 O único contra é que, bem, vocês só vão perceber que se amam quando aparecerem outros crushs (kkkk). A boa notícia é que, se vocês sentarem pra conversar, não vai demorar até reconhecerem que o sentimento é recíproco e se tornarem um dos casais mais perfeitos e complementares que Austen já criou.

Coronel Christopher Brandon

O sugar daddy.

Brandon é ex militar, todo certinho e cavalheiro, mas é muito fechado.
Na verdade, vai demorar muito até que ele se abra e te mostre que, na verdade, ele só é alguém que foi muito machucado.
 Mais velho, galante e com uma renda alta, enquanto suas amigas vão ao Mc Donald’s, ele te leva ao The Fifties e banca o rolê todo. Ele provavelmente vai investir muito em você, presentes caros, roupas pra lá de estilosas e quem sabe até banque a sua faculdade... Só não espere dele uma ida à balada ou a um show lotado, ele é mais do tipo que curte um cinema e um jantar num lugar bacana. Afinal, sejamos honestas, a diferença de idade entre vocês é bem grande... Na verdade, ele tem quase idade pra ser seu pai e, por isso mesmo, conciliar os gostos de vocês pode ser um desafio às vezes, mas nada que um pouco de dedicação não resolva e um namorado maduro não compense.


(Ah, e você sempre pode se deliciar com a atuação dele em Harry Potter kkkkkkkkk)


Nota: Meninas, espero que vocês se divirtam lendo tanto quanto eu ao escrever, mas não me caçem com tochas e forcas se eu demonizei o Amor Austeniano de vocês, é só brincadeira. Beijinhos, Nat

terça-feira, 6 de junho de 2017

VI Encontro Nacional da Jane Austen Sociedade do Brasil

Como dizemos aqui no blog, "É uma verdade universalmente reconhecida que toda leitora precisa de amigas leitoras para conversar sobre suas paixões literárias." E a nossa maior paixão literária é Jane Austen. No mundo todo há pessoas que se reúnem para conversar sobre os mais variados aspectos da obra da Miss Jane Austen, e no Brasil não poderia ser diferente. Por isso, desde 2009 existe a Jane Austen Sociedade do Brasil, que nasceu da paixão de várias pessoas que se conheceram em uma comunidade do finado Orkut sobre Orgulho e Preconceito. Desde então, a sociedade possui um blog que possui as mais diversas informações sobre a escritora. 


Além disso, o grupo se propôs a organizar Encontros Nacionais. O primeiro foi em 2009, na cidade de Ouro Preto. Desde então foram realizados mais cinco encontros. O último foi realizado esse final de semana em Belo Horizonte, do qual participei como ouvinte.


As palestras de sábado e domingo

O VI Encontro Nacional da Jane Austen Sociedade do Brasil teve como tema “Celebrando o Legado de Jane Austen”, uma vez que esse ano completa 200 anos da morte da Jane Austen. Assim o encontro integra a programação de homenagens a nossa querida autora. 


O evento aconteceu entre os dia 02 e 04 de junho, no Memorial Minas Gerais Vale, na Praça da Liberdade. Não pude comparecer ao primeiro dia por motivos profissionais. Ao longo desses três dias foram apresentados trabalhos que lançaram olhares bem interessantes sobre as obras da Jane Austen, ao analisar temas como a transposição das obras da Jane Austen para outras mídias, o significado dos objetos mais comum na Inglaterra Regencial, a maternidade, o casamento, os direitos da mulher naquela época e o contexto histórico do período, reforçando assim o lugar da Jane Austen na literatura mundial. Além disso, o encontro foi uma oportunidade de conhecer outras pessoas apaixonadas não só pelos livros e adaptações, como também pela própria Jane Austen. 

Eu (Aline) e a Adriana Sales

O encerramento do encontro foi com a palestra “Afinal, quem foi Jane Austen?”, apresentada pela pela presidente da Jasbra Adriana Sales. O encontro também foi marcado pelo anúncio da criação da revista LITERAUSTEN, que publicará vários estudos. 

Anúncio do próximo encontro: Persuasão
O próximo encontro já está marcado. No ano que vem celebraremos o bicentenário de publicação de PERSUASÃO no VII Encontro Nacional, sem local definido. Um evento que recomendo a todas e todos que são apaixonados pela Jane Austen.


quinta-feira, 1 de junho de 2017

[RESENHA] Anne with an E - Especial Netflix



Anne with an 'E' estreou na Netflix no dia 12 de maio, e já arrebatou uma legião de corações. Perfeita para fãs de dramas e comédias leves, possui um contexto histórico consistente, e uma fidelidade literária digna de menção.
Para aqueles que não sabem, Anne with an 'E' é uma adaptação da obra literária de Lucy Maud Montgomery, Anne de Green Gables. Publicado em 2015 pela editora Pedrazul, a obra esgotou nos estoques, motivando a publicação das demais obras da série - composta ao todo por 8 livros. Sendo assim, assistir Anne with an 'E' requer certo recorte histórico... e uma caixinha de lenços.


Composta por 7 episódios, a primeira temporada de Anne foi um sucesso absoluto. Apresentando a protagonista, o primeiro episódio conta com 1h30' de duração, numa espécie de filme com final aberto. A história da pequena Anne é tocante, e infelizmente mais real do que parece, o que a torna ainda mais comovente. Pequena, magra, ruiva numa sociedade que despreza essa característica, pobre e orfã desde os 3 meses de idade, sofreu maus bocados na infância. Adotada e devolvida diversas vezes, trabalhou desde muito cedo para sobreviver, em casas de diversas famílias, como empregada, babá, cortando lenha, presenciando e sofrendo humilhações e agressões - cenas abordadas pela série em formato de flashes de memória.


Mas a série começa com os irmãos Cuthbert. Marilla e Matthew são já senis donos de Green Gables, no condado de Avonlea. Solteiros e sem filhos, o trabalho começa a se tornar pesado demais, e os dois decidem adotar um menino para ajudar nos cuidados com a terra e os animais. Mas um erro de comunicação lhes trás Anne, que muda a vida de Green Gables completamente. 
Com uma mente livre e um talento nato para se meter em confusão, Anne vai aos poucos conquistando seu lugar na família Cuthbert, na sociedade de Avonlea e no mundo.
Acredito que a palavra-chave em questão seria FAMÍLIA.
Uma lebre que foi levantada nos últimos anos, a definição de "família" é com certeza o tema central da série. Quando dois irmãos decidem adotar uma criança, como filha - não como empregado, a sociedade começa a olhar de forma diferente para os Cuthbert, não por serem estranhos, ou estarem errados, mas poque era uma atitude nova. Tanto no livro quanto na série esse tema foi bastante destrinchado, mostrando uma menina que apenas queria ser parte de uma família, e todos os desafios que lhe foram apresentados.
Não vou dar spoilers, mas como leitora da obra original posso garantir a fidelidade da série em relação a obra literária. A escolha dos atores para representar esses personagens tão únicos foi perfeita. Fiquei impressionada positivamente com Geraldine James, atriz que interpreta Marilla, e o faz de maneira verdadeiramente convincente. Mas os aplausos vão para a pequena Amybeth McNulty, atualmente com 15 anos - fato que eu fiquei assustada ao descobrir, porque ela realmente parece uma criança - que dá vida e voz à pequena Anne, é esperta o suficiente para entender a personalidade e vivê-la com veracidade.


Preciso ressaltar a fotografia e ambientação da série com uma palavra que Anne gosta bastante: Deslumbrante! A fazenda é exatamente como imaginamos ao ler as palavras de Montgomery, e a fotografia nos transporta para 1878, época em que se passa a história.
A série apostou em focar não apenas em Anne, mas em assuntos delicados que são abordados no livro, alguns de forma profunda, outros de forma superficial. Bullying, violência e trabalho infantil, relação homo afetiva entre mulheres, igualdade de gênero, são grandes temas que compõem o drama de Montgomery, que possui um tom mais cômico do que a série apresenta.
Mas a aposta da Netflix cumpriu sua proposta, trazendo as fantasias infantis da pequena órfã, e as relações entre as pessoas, sempre pautadas em amor e aceitação. A série também traz alguma contemporaneidade, modernizando um pouco o linguajar vitoriano original, o que é ousado - como todo jogo em que envolve riscos, não acerta sempre, mas também não se afasta de todo da comédia dramática de Montgomery.

Por fim, só podemos aguardar a atualização da série na plataforma, e a publicação das continuações pela Pedrazul, que já anunciou a pré-venda de Anne de Avonlea no site oficial (clique aqui e saiba mais). Eu já garanti o meu. Corra e garanta o seu também com preço promocional de pré-venda!