sábado, 28 de fevereiro de 2015

Clube do Livro - Persuasão, filme 2007

Na postagem de quarta feira, apresentamos um dos projetos do “As Garotas de Pemberley”, o Clube do Livro, ao apresentar um resumo do debate de duas fanfics inspiradas na obra Orgulho e Preconceito, que ocorreu no mês de janeiro. Também em janeiro debatemos a versão cinematográfica de Persuasão, lançada pela ITV1 em 2007.


Persuasão conta a história da Anne Elliott, que aos 19 anos, se apaixona perdidamente pelo belo jovem oficial Frederick Wentworth. Mas como nem a situação financeira nem sua posição na Marinha fazem dele um bom partido, Anne é persuadida pela sua família a romper o compromisso. Oito anos mais tarde, Wentworth retorna do mar tendo enriquecido e construído uma reputação. Agora, sem nunca ter deixado de amá-lo, ela pode apenas observá-lo enquanto as jovens solteiras da região se apaixonam por ele.


No filme os protagonistas são vividos pela atriz Sally Hawkins, vencedora do Globo de Ouro de Melhor Atriz Comédia/ Musical em 2009 pela atuação em Simplesmente Feliz, e Rupert Penry-Jones, mais conhecido pela atuação na série britânica Spocks, entre 2004 e 2008, com o personagem Adam Carter. O antagonista principal, o personagem William Elliot, é vivido pelo ator Tobias Menzies, das séries Roma, Game of Thrones, e atualmente no ar na série Outlander.

Rupert Penry-Jones, Sally Hawkins e Tobias Menzies.

Essa versão é bem sucedida ao apresentar os principais valores retratados no livro, como a prudência, o preconceito, o narcisismo, caráter e bom-senso. Porém, assim como avaliou a crítica na época do lançamento, no nosso debate as críticas foram mistas, uma vez que não nos agradou a mudança radical do final e os cortes de cenas e personagens importantes para a história. O filme acabou ficando maçante, sem graça, típico filme de ser assistido apenas uma vez.  Concordamos que talvez uma minissérie retratando o livro fosse melhor, pois poderia abordar detalhes cruciais que o filme não pôde retratar. Comentamos os trajes e os penteados das atrizes, e os achamos pobres. E quanto aos atores, Sally Hawkins não agradou muito, contudo Rupert Penry-Jones foi considerado a melhor coisa do filme.

Persuasão possui, além desse filme, mais três adaptações famosas. Duas minisséries, que foram lançadas em 1960 e 1971, e um filme, de 1995, todas lançadas pela BBC.

Versões de 1971, 1995 e 2007.


Já assistiram a alguma dessas versões? Compartilhe sua opinião com a gente!!! 

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Clube do Livro - Fanfics Falhando e Desmaiando e Companheiros de Viagem

Olá! Vocês sabem o que são Fanfics? Pois bem, Fanfic é a abreviação do termo em inglês fanfiction, ou seja, "ficção criada por fãs", que vamos chamar por aqui de fic. São contos ou romances escritos por terceiros, não fazendo parte do enredo oficial dos livros, séries ou filmes a que faz referência. E no nosso debate do mês de Janeiro, utilizamos duas Fics, e agora, vamos dar uma resumida no que rolou no nosso Debate.

A fic Falhando e Desmaiando, (no original, Failing and Fainting) traduzida por Samanta Fernandes é uma adaptação da incrível história do livro Orgulho e Preconceito, de Jane Austen, dando uma nova caracterização para os personagens centrais Elizabeth Bennet e Fitzwilliam Darcy. Para quem não leu o livro, trata-se da história de amor do casal já citado, como ele nasceu, os desafios enfrentados, o preconceito envolvido e o orgulho de ambos. Essa fic reconta o que aconteceu após o retorno de Mr. Bingley e Mr. Darcy a Netherfield, e como se desenrolou a relação destes com as irmãs Bennet, Jane e Lizzie, sob uma perspectiva, digamos, mais dramática.

Todas concordamos, a respeito da fic, que, apesar de ser uma história legal, tirou muito da personalidade original dos personagens centrais. Uma proposta romântica que caracterizou Darcy, originalmente “altivo, reservado, desdenhoso, e suas maneiras, apesar de bem-educado, eram pouco convidativas” [1], como um romântico meloso, enquanto Lizzie, “de espírito alegre e brincalhão; vivaz, boa observadora e certeira ao julgar” [2], ficou “abestalhada” (palavra usada no próprio debate) e frágil. Como o nome da fic já deixa a entender, nossa autora não poupou desmaios, e mostrou uma delicadeza e doçura nos encontros do casal que só quem leu é capaz de entender.


A fanfic Companheiros de Viagem, (no original, Traveling by Post) também traduzida por Samanta, que retrata o mesmo livro da Jane Austen, foi considerada “melhor” do que a anterior, pois não descaracteriza tanto os personagens centrais. Nesse conto, Darcy não chega em Pemberley um dia antes do esperado, e consequentemente ele e Elizabeth não se encontram. O acaso os reúne algum tempo depois em uma viagem até Londres. Essa fic pode ser dividida em duas partes. A primeira, centralizada na relação entre a Lizzie o Mr. Darcy; e a segunda, que centraliza a história do casal Jane Bennet, a irmã mais velha de Elizabeth, e Charles Bingley, o melhor amigo de Darcy.  

Essa fic mostra uma Jane mais durona e um Bing menos flexível, que toma as próprias decisões, quando na história original, Jane é cândida e perdoadora e Bingley extremamente influenciável pela opinião alheia. Esse destaque para o casal deu um brilho para a fic, e nós adoramos essa adaptação. A autora deu também uma nova imagem para nós leitores do segundo pedido de casamento que o Mr. Darcy faz para a Lizzie. Não contaremos pra não estragar a surpresa... mas é de chorar de emoção!


Recomendamos que leiam o livro Orgulho e Preconceito, encontrado em qualquer livraria, e as fics que foram discutidas, pra isso, corre lá no blog da Samanta, o Improvement of Mind.... As fanfics podem ser encontradas nesses links (Falhando e Desmaiando e Companheiros de Viagem). Vocês vão entender melhor, formar a própria opinião, e vão poder comentar aqui o que acharam. Estamos loucas pra saber a ideia de vocês!!!





[1] Orgulho e Preconceito, Jane Austen, ed 2010 – Clássicos Abril Coleções
[2] idem

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Uma carta, um segredo, várias pessoas envolvidas.


  • Título Original: The Husband's Secret
  • Título no Brasil: O Segredo do meu Marido
  • Autora: Liane Moriarty
  • Editora Intrinseca
  • Tradução: Rachel Agavino
  • Número de págs: 368


“Era uma vez três mulheres, que tinham amigos em comum e... algo mais profundo que as unem....”

Não, essas não são as primeiras frases do livro nem as finais, e quando li a sinopse dele e vi alguns vídeos-resenha tive a impressão de que seria um livro bem clichê. Mas os bons deuses da leitura sabem muito bem o que fazem e no primeiro amigo oculto que organizamos dei esse como uma das opções de livros desejados e eles guiaram a mão da Michelle no momento da compra do meu presente (Michelle, acho que ainda não te agradeci o suficiente pela escolha! Obrigada!!).
O livro começa nos apresentando a vida perfeita de Cecilia.Mãe de três meninas, casada com o marido perfeito, além de um emprego que adora e ser super bem cotada na sociedade que ela se encontra; mas uma carta escrita por seu marido transforma a sua vida perfeita em um completo pesadelo, obrigando-a a escolher entre a razão e o coração. Somos apresentadas também a Rachel, que está profundamente marcada por um evento que ocorreu há anos e que transformou a vida dela completamente. Além das duas conhecemos também Tess uma esposa que descobre que seu casamento não é tão perfeito quanto ela pensava e temos a participação de uma quarta mulher que será importante em toda trama. A história é dividida basicamente em três núcleos que em alguns momentos se cruzam e nos permite ver nossas personagens interagindo entre si e mostrando que essa não é a primeira vez que suas histórias se cruzam.
O livro tem 368 páginas de uma história que supera a barreira do clichê e nos leva a sofrer as angústias das personagens nos proporcionando amá-las e odiá-las cada uma delas pelas suas escolhas e pensar quais seriam nossas decisões se estivéssemos no lugar delas. Tive momentos de largar o livro por precisar sair daquele mundo,tentando me afastar das escolhas das personagens ou das atitudes delas, momentos em que não queria largá-lo por querer saber o que viria a seguir.
  Mas isso não significa que o livro seja sem falhas nem imune a previsão de leitores mais atentos (como eu). Apesar disso garanto que o livro vale apena e mesmo quando previ alguns acontecimentos a autora conseguiu me prender até o final do livro me deixando curiosa pra saber como ela iria unir as pontas.

Escrevi isso tudo pra dizer que super-recomendo o livro e espero que vocês leiam e venham comentar o que acharam.

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Por que sou Janeite?

Tudo começou com uma simples escolha. No início do segundo ano do ensino médio, em 2008, tive que optar entre inglês ou espanhol para as aulas de língua estrangeira. Apesar de ir melhor em espanhol, acabei optando por inglês. Naquele momento não imaginava q aquela escolha mudaria a minha vida. Logo na primeira aula o professor apresentou “Pride & Prejudice” como a leitura do ano (vlw Gustavo). Era uma versão resumida, mas ainda assim difícil para o meu inglês muito ruim na época. Resolvi então ir atrás do filme. Procurei em todas as locadoras da região e nada. Até que o papai achou na Americanas pra comprar o dvd da versão de 2005. 

Era uma tarde de sexta. E foi amor à primeira vista. Vi tudo duas vezes no mesmo dia. Mas só fui me interessar mesmo pela obra da Jane Austen depois de ler Crepúsculo, pois seus livros eram os preferidos da Bella (sim, a saga serviu pra alguma coisa).
 
Desde aquela tarde de sexta feira são mais de seis anos de uma admiração que cresce a cada parágrafo lido de cada uma de suas obras. Já li alguns de seus livros várias vezes. Decorei algumas falas do filme Orgulho e Preconceito, que já vi pelo menos 10 vezes. E me diverti com algumas obras contemporâneas inspiradas nos seus livros (♥ The Lizzie Bennet Diaries). Qual foi minha surpresa ao descobrir que meu filme favorito da infância, As Patricinhas de Beverley Hills, era uma versão de Emma?

Qual seria o segredo dessa mulher que continua famosa mesmo quase 200 anos depois de sua morte? Resposta: as situações encaradas por seus personagens, lá no século XIX, continuam atuais. E, dessa maneira, podemos aprender muito com suas personagens. Aprendi com a Elinor a importância de se manter o bom senso, mesmo nos momentos mais difíceis. Com a Lizzie, que não podemos nos deixar cegar pelas primeiras impressões. Com a Emma, que não somos donas da verdade. Com a Anne, a importância da paciência. Com a Catherine, que temos que tomar cuidado e não confundir realidade com ficção.

Jane Austen também nos faz sonhar. Como não cair de amores pelo racional Mr. Knightley? Pelo divertido Mr. Tilney? Pelo constante Capitão Wentworth? E por último, e mais importante, pelo Mr. Darcy, a encarnação do homem que muda por amor? 

E o melhor: acompanhar a sua obra me levou a conhecer pessoas incríveis. Jane Austen não colheu os louros por sua obra, uma vez que elas foram publicadas de maneira anônima. Mas postumamente, são diversas as homenagens que lhe são prestadas. Jane Austen, eu pudesse te encontrar, só queria dizer uma coisa: Muito Obrigada!!!

(Minha coleção Jane Austen)