sábado, 26 de setembro de 2015

Todo dia um corpo diferente. Todo dia uma vida diferente. Cada dia amando a mesma garota.







Título: Todo dia
Título original: Every Day
Autor: David Levithan
Páginas: 279
Tradução: Ana Resende
Editora: Galera Record








Sinopse:  Neste novo romance, David Levithan leva a criatividade a outro patamar. Seu protagonista, A, acorda todo dia em um corpo diferente. Não importa o lugar, o gênero ou a personalidade, A precisa se adaptar ao novo corpo, mesmo que só por um dia. Depois de 16 anos vivendo assim, A já aprendeu a seguir as próprias regras: nunca interferir, nem se envolver. Até que uma manhã acorda no corpo de Justin e conhece sua namorada, Rhiannon. A partir desse momento, todas as suas prioridades mudam, e, conforme se envolvem mais, lutando para se reencontrar a cada 24 horas, A e Rhiannon precisam questionar tudo em nome do amor.

"Todo dia" conta a história de A, um viajante de corpos. Sim, viajante de corpos, não se sabe se A é uma alma, um extraterrestre ou seja lá o que for, ele é simplesmente ele. A cada 24 horas ele acorda em um corpo diferente, não importa o sexo, a classe social, a personalidade, o único padrão é que ele toma o corpo de quem tiver a sua idade (16 anos).

Andrew - ou A - segue duas regras não interferir, nem se envolver na vida das pessoas. Ele apenas acorda, acessa as memórias do corpo para saber do que precisa para passar aquele dia bem e continua vivendo. Até um dia ele acordar no corpo de um rapaz chamado Justin e conhecer Rhiannon, a namorada do rapaz.


A partir daí ocorre um grande dilema. Antes, ele só precisa se preocupar com um dia de cada vez, agora, não consegue deixar o passado para trás e insiste em manter contato com essa garota tímida e atraente, e a cada vez sabendo mais sobre ela. Até onde isso dará?

A história nos instiga a querer saber o que acontece a seguir, e os diferentes gêneros textuais (diálogos, e-mails e prosa) atrelado aos capítulos razoavelmente curtos, aceleram o ritmo de leitura. 

O que eu mais gostei na história foi a criatividade do autor, a forma como ele desenvolveu a personagem principal, o mistério, dizendo muito coisa e sem revelar nada. Não tem explicação científica, nem espiritual, nada. Você conhece o A e pronto. Foi legal perceber quantas pessoas são diferentes e como A lida com todas elas. Ele já foi gay, lésbica, jogador de futebol americano, uma pessoa normal, a garota gostosa mais popular do colégio, drogado, depressivo suicida, , um nerd etc. A é totalmente desprovido de preconceitos. É algo ou alguém que todos deveriam tentar ser, mesmo que a gente não saiba direito o que é. Eu recomendo este livro por essa razão. Precisamos de mais histórias que nos faça refletir e sentir.