Mais uma vez, a literatura
nacional vem surpreendendo. Janda Montenegro, autora de “Por Enquanto Adeus” e “Antes
do 174”, é da minha cidade maravilhosa – Rio de Janeiro – e usa esse cenário
mais que perfeito em suas narrativas. É impossível não acabar se encaixando em
alguma parte da história, ou não se identificar com os sentimentos dos
personagens. É maravilhoso poder ler e visualizar os lugares em que a história
se passa, pois já estivemos lá também. E Três Dias Para Sempre não foi
diferente.
“Todo
amor dura para sempre”, e o ‘para sempre’ de Line foi bem curto. Três dias para
ser mais exata. Line é uma baiana que, após ser abandonada no altar pelo noivo
carioca, mora e trabalha num hotel em Copacabana. Como freelancer, seu horário
de trabalho não é fixo, e no feriado de 1º de janeiro ela estava trabalhando,
esperando um grupo de turistas – que não apareceu – no aeroporto. Mal humorada
por ter perdido toda a manhã e ter acordado cedo depois de não ter dormido quase
nada, ela pega um ônibus para voltar ao hotel, e nesse ínterim conhece Teo,
brasiliense que está a passeio no Rio. No ônibus, inicialmente a contra gosto
de Line, eles começam a conversar, trocam telefones, e combinam de se encontrar.
Mas além da amizade, um super clima começou a rolar entre eles.
Teo
está dividindo um apartamento com um amigo, e está nos últimos dias de suas
férias, e Line o visita com frequência, mostra bons lugares em Copacabana e dá boas dicas de lazer. Enquanto isso, eles flertavam e ficavam um com o outro,
sem pressão, sem pressa. Line havia sido abandonada não havia muito tempo, e
lutava contra uma nova paixão, mas certas coisas não são facilmente controláveis,
e ela se viu amando Teo, de uma maneira inesperada, intensa e profunda. Em três
dias Line redescobriu o que é amar e ser correspondida, se sentiu bonita
novamente, teve novos motivos para voltar a se arrumar, sair, sorrir. Mas com o verão, o tempo acabou. Teo teve que voltar para Brasília, deixando
Line em uma inundação de sensações e emoções que a fizeram perder o controle, e
o único vínculo que eles tinham vai para o espaço junto de seu telefone celular
após um acidente.
Uma leitura fácil, dinâmica, envolvente e inspiradora. A autora consegue transmitir as emoções dos personagens de forma que não chorar não é uma opção. Sobre o final: quem não gosta de um "felizes para sempre"? Pois bem, isso não existe aqui! Mas não
se preocupem. Esse bilhete é da própria Janda. Ou seja, TEM CONTINUAÇÃO, e eu
já estou ansiosa a espera do próximo volume. Pode deixar, eu conto tudinho pra
vocês!