sábado, 2 de abril de 2016

Metas Literárias da Aline #1

Hoje inauguramos um novo projeto aqui no "As Garotas de Pemberley". Algumas de nós teremos colunas periódicas onde falaremos sobre assuntos específicos. No meu caso, como a nome indica, falarei sobre METAS LITERÁRIAS.

Uma das coisas que eu mais gosto de fazer são planos. Planejamento de estudos, coisas para o blog, livros, viagens, festas, minha cabeça não para de planejar. Não é a toa que estudei Economia. Porém, não basta fazer planos, temos que executá-los. E aí estava o problema. Eu precisava tirá-los do papel. Resolvi começar então com um planejamento de leitura.

Não sei se deu para perceber pelas resenhas, mas tenho um gosto literário bem eclético. Quando vou escolher minha próxima leitura, uso mais o instinto. Porém, comecei a perceber que estava deixando alguns gêneros em detrimento de outros, e para mim, isso é um sinal de estava me acomodando. Por isso decidi adotar a partir desse ano, duas metas de leitura, com o intuito de diversificar. Não que toda a minha leitura a partir de agora seja planejada, mas agora terei alguns objetivos mais claros.



Levanta a mão quem já torceu o nariz para ler algum clássico nacional:


Pois é. Eu até que não era uma dessas, mas desde que terminei o ensino médio, lá nos idos de 2009 (nós éramos felizes e não sabíamos), li somente 3 livros de autores brasileiros que não são livros contemporâneos. Muito pouco, levando em conta a riqueza, tanto de estilo como de assuntos, que a nossa literatura possui. Portanto, resolvi começar aos poucos, e escolhi 5 livros entre os 100 livros listados pela extinta Bravo! para ler esse ano. São eles:

1 - “Dom Casmurro”, Machado de Assis - Realismo
2 - “Vidas Secas”, Graciliano Ramos - Modernismo (2ª fase)
3 - “A Rosa do Povo”, Carlos Drummond de Andrade - Modernismo (2ª fase)
4 - “Grande Sertão: Veredas’, Guimarães Rosa - Modernismo (3ª fase)
5 - “A paixão segundo G.H.”, Clarice Lispector  - Modernismo (3ª fase)

Optei por começar por uma releitura, no caso, “Dom Casmurro”, que li pela primeira vez em 2006, quando estava na oitava série. Quem nunca se perguntou “Capitu traiu ou não Bentinho?” (Eu acho que não, era tudo coisa da cabeça do Bentinho, que se culpava por ter se sentido atraído por Sancha dias antes de Escobar falecer.). Mas o que mais me chamou a atenção dessa vez foram às diversas referências que Machado utilizou ao longo do texto, como Otelo de Shakespeare, personagens da civilização greco-romana, elementos teológicos do cristianismo, entre outras, ou as metáforas, como a vida é uma ópera. Além disso, durante a leitura, me vinha à cabeça as imagens da minissérie Capitu, produzida pela Rede Globo em 2008.

"A eternidade tem as suas pêndulas; nem por não acabar nunca deixa de querer saber a duração das felicidades e dos suplícios." (Machado de Assis)

Por hoje fico por aqui. Na próxima coluna apresento minha outra meta e mensalmente vou os atualizando quanto ao cumprimento desses objetivos. Comente se você já leu algum desses livros, ou pretende ler. E me siga no instagram e o skoob para acompanhar essas e outras leituras.


Até a próxima!!!