quarta-feira, 24 de junho de 2015

Clube do Livro - Amélie Poulain, 2001

No último dia 21 de junho de 2015, o nosso Clube do Livro discutiu a obra cinematográfica O Fabuloso Destino de Amélie Poulain. E os resultados foram mais do que satisfatórios, tendo opiniões praticamente unânimes entre nós.
SINOPSE: Após deixar a vida de subúrbio que levava com a família, a inocente Amélie (Audrey Tautou) muda-se para o bairro parisiense de Montmartre, onde começa a trabalhar como garçonete. Certo dia encontra uma caixa escondida no banheiro de sua casa e, pensando que pertencesse ao antigo morador, decide procurá-lo ­ e é assim que encontra Dominique (Maurice Bénichou). Ao ver que ele chora de alegria ao reaver o seu objeto, a moça fica impressionada e adquire uma nova visão do mundo. Então, a partir de pequenos gestos, ela passa a ajudar as pessoas que a rodeiam, vendo nisto um novo sentido para sua existência. Contudo, ainda sente falta de um grande amor.

É bem verdade que a maioria de nós foi/é influenciada por Hollywood e suas obras. Foi um impacto nos depararmos com uma produção francesa. A fotografia, os cenários, as falas, o ritmo do filme, causaram certo estranhamento, mas bastou dar uma chance - de mente e peito abertos - para que Amélie nos conquistasse.
Inicialmente, descobrimos um certo preconceito pelo desconhecido, o que não foi diferente com um filme francês. Algumas de nós já havia tentado assistir antes, e não gostou, achou chato e abandonou. Mas a segunda vez foi mais proveitosa.
A personalidade da personagem principal também foi bastante citada. Muitas de nós se identificou com a timidez e os medos que Amélie demonstra. Vimos o quão fácil a personagem de identifica e resolve os problemas dos amigos, o quão criativa ela é - desde criança - em suas peripécias, e como ela é sonhadora. Mas o que mais gostamos foi das "vingancinhas" que ela inventa. Acompanhar o futebol pelo rádio e cortar o sinal da TV do vizinho na hora do gol? Trocar a pasta de dentes do outro vizinho por pomada para os pés? Alterar os números da discagem rápida do telefone dele? Causar um curto circuito no abajur? Ou - essa é épica - mudar a hora do relógio e do despertador? Foram as melhores cenas do filme. Como não pensamos nisso antes? Incrível!
Outra cena que nos chamou a atenção foi a que ela imagina toda uma história enquanto lava a louça. Todas nós nos identificamos muito com essa cena - algumas até falando sozinhas, criando roteiros e diálogos [Se algum psiquiatra estiver lendo esse texto, favor, mande-nos um Email]. A imaginação de Amélie é intensa, voa com facilidade. E ela é esperta. Os meios que ela arruma de conhecer seu parceiro final, Dominique, de se mostrar a ele, ou de mostrar algo que ele deveria/gostaria de ver, não são nada usuais ou tradicionais, mas funcionaram. E mais do que isso, nos trouxeram um delicioso final feliz!

Bem, esse foi o resultado do nosso debate do mês de junho. E aguardem, pois nesse mês de férias (julho) vamos ler em dobro!

  • Título Original: Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain
  • Título no Brasil: O Fabuloso Destino de Amélie Poulain
  • Direção: Jean-Pierre Jeunet
  • Lançamento: 2001/2002
  • Duração: 122 min