- Título Original: The Duke and I
- Título no Brasil: O Duque e Eu
- Autora: Julia Quinn
- Editora: Arqueiro
- Tradução: Cássia Zanon
- Páginas: 288
Na
obra The Bridgertons, composta por nove volumes, Julia Quinn conta a história
de oito irmãos e os desafios de se encontrar o amor em meio à sociedade inglesa
nas décadas de 1820 e 1830. Esta é uma família peculiar, nem tanto pelo
tamanho, e sim pelo fato de terem sido batizados em ordem alfabética, além da
semelhança física que eles possuem. Na primeira metade da série se destaca a
importância da coluna de Lady Wistledown, que contribui para conhecer a
sociedade na qual a história se desenrola, com seus comentários mordazes,
irônicos e certeiros. A colunista sabe TODAS as fofocas da sociedade londrina,
não tem medo de citar nomes e possui um carinho especial pela família
Bridgerton. A especulação quanto a sua identidade é uma constante nos diálogos
dos personagens, assim como os sentimentos que nutrem por ela, uma mistura de
fascínio, admiração e ódio.
O
ano é 1813. A protagonista da família é Daphne, a quarta filha, e a mais velha
entre as mulheres. Daphne já está na terceira temporada em busca de um casamento,
e apesar da boa aparência, família e fortuna, ainda não encontrou um marido. A
explicação seria que os homens a vêem como uma boa amiga. Por outro lado, Simon
tem tudo para ser o principal partido da temporada, afinal é um Duque.
Porém, a mágoa que nutre pelo pai desde a infância, que o rejeitou pelo fato de
ser gago, e, portanto, um herdeiro imperfeito, continua forte, levando-o a
decisão de não se casar, a fim de extinguir o ducado.
Quando
Simon conhece Daphne, irmã do seu melhor amigo Anthony, ele apresenta uma
opinião diferente para sua solteirice: ter três irmãos mais velhos, e
frequentar a sociedade com eles afugentaria os pretendentes. Porém, para testar
a hipótese da Daphne, eles fazem um trato: ele fingiria cortejá-la, o que
poderia despertar o interesse dos outros cavalheiros, ao mesmo tempo em que o
preserva do assédio das mães casamenteiras. A proximidade entre os dois
logo uma se transforma em paixão, mas a obsessão do Duque em sua vingança pode
colocar tudo a perder.
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Observatório de Greenwich, local visitado pela família Bridgerton e o Duque durante a história. |
Uma
das coisas mais legais nessa série é a ampla participação dos personagens
coadjuvantes na história. Violet, mãe dos irmãos Brigdertons é viúva, e seus
esforços em ver todos os filhos casados pode ser comparados com o da Sra.
Bennet, porém a Viscondessa é mais simpática e esperta. É invejável como ela
consegue fazer com que todos os filhos a obedeçam. Dentre os outros irmãos,
nesse volume destacam-se Anthony, o irmão mais velho e chefe da família. Ele é
muito ciumento e não confia nem no melhor amigo, por conhecer sua reputação de
libertino. Temos também o Colin, o terceiro filho e o mais divertido. A
proximidade de idade entre ele e Daphne os tornou muito unidos, tanto que ele
sempre apóia a irmã. A caçula dos Bridgertons, Hyacinth, é uma figura,
apresentando muita espirituosidade desde a infância.
Em
seus livros, Julia Quinn apresenta uma boa caracterização da época,
reproduzindo com veracidade os costumes e hábitos da sociedade inglesa do
início do século XIX. Ela também equilibra com competência romance, humor e
drama e constrói assim o livro leve com uma trama que te prende até a última
página.
A autora gosta de fazer playlists para seus livros. A página Julia Quinn Society of Brazil divulgou esse playlist com os comentários. No caso de "O Duque e Eu" as músicas escolhidas foram:
Take my hand - Dido
"Touch my skin, and tell me what you're thinking.
Take my hand, and show me where we're going."
Mouth - Merril Bainbridge
"Would it be my fault if I could turn you on?
Would I be so bad if I could turn you on?"
Would I be so bad if I could turn you on?"
God only knows - The Beach Boys
"You never need to doubt it
I'll make you so sure about it"
Pretty in pink - Psychedelic Furs
"She's pretty in pink