Você já deve ter visto na tv ou imaginado essa cena: aquele momento em que o padre diz "que fale agora ou cale-se para sempre" e entra alguém correndo impedindo um casamento, deixando todos sem fôlego, ou prendendo a respiração (o fato é que ninguém mais respira). É exatamente nesse clima que Julia Quinn começa sua despedida da saga Os Bridgertons.
Logo no início conhecemos nossos protagonistas. Gregory Bridgerton, claro, e Lucinda Alberthany. Mas não é por Lucy que Gregory se vê apaixonado, mas por sua linda e melhor amiga, Hermione Watson. Pela primeira vez Gregory sente coisas que o tiram do eixo, como ciúmes e dúvida. Como ele pode ter sentido algo tão forte apenas num primeiro olhar e ela lhe ser indiferente? Ele então resolve se esforçar, e encontra em Lucy uma aliada, que acredita que ele seria um ótimo partido para a amiga, e que começa a ajudá-lo. Mas Lucy se vê inesperadamente apaixonada por ele, o que só complica as coisas.
O oitavo livro dos Bridgertons vem desconstruir a imagem que temos sobre "amor a primeira vista", e construir uma nova imagem à respeito. O último dos irmãos a se casar, Gregory tinha exemplos claros de amor em seu seio familiar, a começar pelos pais e terminar pela sua irmã mais nova, casada há um ano. Todos encontraram o amor, um amor sólido que os fez mudar pensamentos, atitudes e ideais. E o caçula acreditava firmemente que iria encontrar o seu par também, e sabia que seria um encontro que o mudaria por completo, e que ele saberia no mesmo instante que sua vida havia mudado. Quando sentiu, percebeu que era exatamente o que ele esperava, exceto por um detalhe: ele não foi correspondido. [Não, isso não é spoiler, está na sinopse! Não me agridam!]
O fato é que esse talvez seja o livro mais surpreendente da série. Durante sete livros viemos conhecendo a família Bridgerton como se fosse a nossa. Sofremos, sorrimos e choramos com cada irmão, roemos as unhas em expectativa por cada irmã, nos tornamos íntimos de cada parceiro escolhido; No entanto, Gregory é o Bridgerton que menos aparece nos demais livros. Talvez pela diferença de idade, e pelo fato de ser homem e ter escola e faculdade, ele foi o que esteve mais distante das outras histórias, o que nos faz começar a ler o oitavo livro com uma certa curiosidade: Quem é Gregory Bridgerton? A surpresa ao encontrar um rapaz tão encantador [ou mais talvez?] quanto os irmãos é indescritível.
E com a maestria e genialidade características de Julia Quinn, A Caminho do Altar é um livro leve, divertido, inteligente e intenso. Experimentamos um mix de sentimentos ao ler o livro, a começar pela tristeza da despedida: começar a ler sabendo que é o último já dá aquele sofrimento por antecipação!
E agora? O que fazer sem Julia Quinn??
Calma! Nos despedimos dos Bridgertons, mas Julia Quinn ainda tem histórias incríveis para nós. E assim que elas saírem do forno, estarei por aqui pra compartilhar com vocês!
Título Original: On The Way To The Wedding
Título no Brasil: A Caminho do Altar
Autora: Julia Quinn
Série: Os Bridgertons
Editora: Arqueiro
Tradução: Viviane Diniz
Páginas: 320
PS.: Tivemos alguns problemas técnicos com esta resenha, por isso ela precisou ser reescrita e republicada. Se você leu a versão anterior e percebeu a diferença, eis aí a explicação. Beijinhos... Michelle :*
