Hoje em dia a coisa mais comum de se ouvir falar é de Aplicativos e Sites que promovem [ou tentam promover] encontros e relacionamentos. Tinder, Happn, Adote um Cara, Pof, Badoo, e por aí vai. Existem diversas opções, para todos os gostos. Não, na verdade, nem todos. Será que Jane Austen seria uma adepta ao Tinder? Vamos recorrer aos seus livros para desvendar essa questão!
O livro mais popular de Austen é, como todos sabem, Orgulho e Preconceito. Nesse livro Jane Austen utilizou algumas características para montar seus personagens. Vamos a elas:
Elizabeth Bennet - garota do campo, segunda filha, não era a mais bonita, esperta, inteligente, sem habilidades especiais (do tipo costurar, pintar, bordar...), consciente das próprias possibilidades, observadora e seletiva. Com certeza uma mulher dessas não estaria em um aplicativo de relacionamentos!
Fitzwilliam Darcy - homem responsável, bonito, rico, inteligente, observador, discreto, importante, educado, orgulhoso (no sentido bom... ate certo ponto), seletivo, exigente. Um homem desses recorreria à aplicativos de relacionamento? Acho que não.
Lídia Bennet - 5681 matchs, 367 crushes... Lídia com certeza seria adepta e teria perfil em todos os aplicativos!
Sabe, semana passada, quando falei das cartas, falei que certas coisas perdem muito quando são substituídas. Perderam a beleza, o capricho. E hoje os relacionamentos perderam muito com esses apps. O romantismo, a corte, a criatividade na hora da conquista, tudo foi substituído por um "coração" na tela!
Austen é mestre no quesito romantismo. São declarações lindas em seus livros, olhares, momentos marcantes, que numa era tecnológica seriam substituídos por um "Match"! O que não é nada justo! Imagine a cena clássica de Persuasão, quando o capitão Wentworth escreve aquela linda carta para Anne Elliot, sendo substituída por um match?! Ah não! Há limites!
A grande verdade é que nada nunca vai conseguir substituir aquela paquera do século XIX, a troca de olhares, os sorrisos discretos, a aflição da conquista, o medo de ser ou não correspondido, as cartas escritas para agradar, as visitas, os passeios românticos a parques, a ansiedade na hora de pedir a mão... Pouco a pouco tudo isso foi sendo substituído, e hoje encontros são marcados às cegas. O romance se perdeu quase por completo, para nossa tristeza [sim, coloquei todas vocês no mesmo saco que eu, pois quem ama Jane Austen sabe exatamente do que estou falando!]. Afinal, quem nunca sonhou com aquele cara trazendo flores? Ou te levando para jantar num restaurante romântico à luz de velas? Ou fazendo uma serenata? Um passeio ao fim de tarde na beira da praia? Uma declaração de amor à luz da lua?
A grande verdade é que nada nunca vai conseguir substituir aquela paquera do século XIX, a troca de olhares, os sorrisos discretos, a aflição da conquista, o medo de ser ou não correspondido, as cartas escritas para agradar, as visitas, os passeios românticos a parques, a ansiedade na hora de pedir a mão... Pouco a pouco tudo isso foi sendo substituído, e hoje encontros são marcados às cegas. O romance se perdeu quase por completo, para nossa tristeza [sim, coloquei todas vocês no mesmo saco que eu, pois quem ama Jane Austen sabe exatamente do que estou falando!]. Afinal, quem nunca sonhou com aquele cara trazendo flores? Ou te levando para jantar num restaurante romântico à luz de velas? Ou fazendo uma serenata? Um passeio ao fim de tarde na beira da praia? Uma declaração de amor à luz da lua?
A grande conclusão disso tudo é que Jane Austen ficaria muito decepcionada com a mania de match. Não tem nem como colocar isso em seus livros. Ia ser meio estranho e totalmente sem graça. E por falar em coisa estranha... semana que vem falaremos de algo extremamente estranho e desagradável. Vai imaginando aí o tema da próxima publicação da série Coisas pelas quais Jane Austen não passou!